Edição traz práticas sociais, arranjos espaciais e as possibilidades de (sobre)viver e transformar a realidade em áreas urbanas e rurais
Club Design reuniu arquitetos e empresários para visitar a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, realizada pelo IAB-São Paulo.
A proposta Travessias entende que a pandemia reforça desigualdades socioespaciais que já se estabeleciam, não só no país, como no mundo, compreendendo que essas estruturas sofrem fragmentações, tanto físicas quanto simbólicas, enraizadas nos violentos processos de colonização e apagamentos históricos. Como consequência, provocam inúmeras manifestações de opressão – como o racismo, o sexismo, o capacitismo e a colonialidade – no Brasil e em diversos territórios pelo mundo.
Segundo a equipe curatorial, travessias geralmente estão relacionadas a conexão: a ponte que possibilita a transposição entre duas margens de um rio; a escada faz a ligação entre dois níveis; a rampa vence o desnível de forma acessível; os caminhos conectam territórios. “Travessias também podem ser entendidas como percurso: as migrações forçadas dos povos africanos sequestrados de seus países de origem, as fugas para os quilombos ou os deslocamentos do campo para a cidade. Travessia é, portanto, um movimento que implica corpos e territórios e, se realizada coletivamente, o compartilhamento de experiências, de memórias e de identidade. Os territórios são marcados por desigualdades sociais, temporais e geográficas e, no caso brasileiro, foram conformados por disputas que envolvem o desejo de permanência e de movimento”, completa a curadoria.
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